Abstrato Coração
Somos seres incrivelmente fascinantes. Agimos por diversas vezes por impulso como reação ao medo, ou até por coragem.
Somos seres espirituais, tendo uma experiência humana. Onde o ser espiritual, é preso em um ‘casulo’ durante toda a vida terrena.
Esse ‘casulo’ é chamado de Epiderme.
O coração de um ser espiritual, se estende por seu ser, sendo mais especifica a toda a sua irradiação de luz, ou de escuridão, onde dentro do coração se localiza a razão, visão e o sentir.
Porém nos seres terrenos o ‘coração’ não poderia ser em todo o seu ser, pois na forma humana a algo chamado impulso, vontade e o desejo. Que faz esquecer as consequências e passa a pensar apenas na própria vontade, que é impulsionada pelo desejo.
Então nos seres terrenos, o coração foi subdividido em quatro partes: Cérebro, visão, tato e o ‘abstrato coração’.
O coração humano é a separação de sentidos, sendo assim uma forma de dispersar, o impulso, a vontade e o desejo.
Mas a junção de sentidos, desperta sentimentos bons ou ruins, assim como, as vontades mais primitivos dos seres terrestres.
Mas quando o cérebro não responde a estímulos externo, a visão está completamente esbranquiçada, o tato agora inutilizável, sentidos em choque. Agora apenas um responde o ‘abstrato coração’. Que tem por função ser todos, quando há apenas um. E é ele que me manteve viva.
-Talvez seja milagre.
-Não duvides é um milagre!
Cientificamente eu estaria morta. Mas para o amor, ali foi e é um recomeço.
Meu abstrato coração conseguiu seguir sem a razão, pois criou suas próprias regras. Não precisou da visão, pois criou novas cenas. Não usou do tato, pois a regra falou que aquilo não passava de ilusões psíquicas.
E eu me pergunto: Como não acreditar? Se sinto é porque penso, é porque quero, é porque eu amo.
Penso assim: AMO LOGO EXISTO!
Nossa existência, é questionável se observada por ângulos científicos, regras quebram expectativas, não falo de forma geral, mas especifica.
Pode você agora, questionar minhas teorias. E acho muito bom que as questione. Pois ninguém é absolutamente correto. Questione-se, duvide, procure entender, descubra sua própria verdade.
Somos seres singulares, tudo isso é uma resposta, pra uma pergunta feita enquanto eu adormecia.
Entre o sonho e o real ouvi uma voz falar.
– “Completa o que foi separado!”… (um breve silêncio)
– Parece tão abstrato, tão distante.- Eu questiono.
– “Apenas complete, o que parece abstrato o que lhe parece distante. O abstrato é o coração”.
(Silêncio ecoa entre o real e o sono profundo). Então surge a pergunta.
-“E para você. O que é o ‘abstrato coração’ de um ser terreno?”
Larissa Borges